terça-feira, 21 de junho de 2011

solstício de inverno 2011

;concentrado na iminência da chuva que pode cair...aquele que bóia na inundação! as abelhas tendem a entrar para serem caçadas por mim e pelo tom zé ou minha echarpe ou minha sandália; concentrado na iminência do zumbido...aquele que se afoga com mel! a máquina de lavar faz a luz ora normal ora menos normal as vezes fora do tom; concentrado na iminência da roupa limpa... aquele que se centrifuga...aquele que se seca
evohé!

terça-feira, 14 de junho de 2011

o funeral da mamãe grande

pensei muito antes de publicar esse post pois não queria parecer funebre-nostalgico-melancólico...mas isso não vai acontecer assim espero...o caso é que no dia 20 de Abril de 2011 minha amada e idolatrada vó...a grande D. Lula partiu desse pra outra...só mesmo ela pra causar até no dia da sua  morte...semana santa, vespera de feriadão...ou seja, nada de desculpa para não comparecer...rsrsrs..eita!!!!(como ela costumava dizer)...
D. Luiza de Moura Ramos nasceu em 1924 era analfabeta e seu sonho nos últimos anos era poder carpir com o mesmo vigor de outrora...possuia uma espiritualidade multipla: se achava católica mas ao mesmo tempo perambulava através de varias outras religiões...um dia ela me revelou que quando jovem costumava tocar acordeon nas festas familiares e, mesmo não sabendo tocar, afinava violões para os tocadores menos equipados...penso que seja dai que venha nossa veia artistica...
era uma mulher forte, parecida com as personagens do Gabriel Garcia Marques... como ler "sem anos de solidão" sem comparar Ursula Iguaran com ela...ambas eram chefes da familia, provedoras, briguentas que acabava com os seus mas "deuszulivre" se alguem de fora atacasse algum dos seus parentes...se armava com sua altivez e destruia o que estivevesse por perto...Ursula conseguiu viver metade de sua vida sem que percebessem que ela estava cega e a Dona Lula viveu sempre com seus cabelos pretos intactos...era adepta a tecnologias...rsrsrs...antes de morrer nós conversamos e ela falava de como a morte era inevitável e dava ordens de como deveria ser seu funeral... nada de escandalos, claro! no dia do "funeral da mamãe grande" estavamos todos lividos tentando amenizar a fatalidade...acontecimento esse que nos amedrontava deste que descobrimos que ela tinha cancer...ela não pronunciaca eswsa palavra...
eu não me abalei muito pois como foi ela quem me criou, muito dela esta em mim e como eu era querido e protejido absolvi muito de sua personalidade...quando criança eu não sabia viver sem ela...ia pra casa da minha mãe e fazia um bafo até me levarem de volta pra casa dela...minha casa...
passados alguns dias depois de sua morte eu fui até a casa dela e pedi a minha tia pra ficar com o quadro de São João Maria que ela tanto estimava...como eu fala com ela sempre sobre o profeta nada mais justo doque este quadro pertencer a mim agora...ela com certeza aprovou a ideia...levei o artefato pra casa, coloquei na parede e continuei fazendo minhas coisas...em determinado momento parei pra pensar e me assustei de ver o santo dela na minha parede...anos de convivencia com ele na parede da casa dela me levaram a ter um choque inicial...parei, e de repente senti uma saudade tão profunda..dessas que só mesmo Clarice LIspector pra escrever...uma epifania saudosista que me fez chorar desesperadamente, sentindo que o choro não era desse marcio...mas daquela criança de ontem que se descabelava por causa da ausencia da vó...
deve ser isso que as pessoas tem como a falta inevitável que não volta mais...ela se foi e minha criança interior vai sempre chorar a sua falta, como sentir coçar a perna amputada...agora ela se tormou simbolos pra mim: de proteção, de justiça de simplicidade...só ela conseguia falar palavrão com tanta naturalidade...aquele quadro impresso do Propheta foi um icone que me levou até a dor de sua ausencia e minha vida é a prova de que ela existiu e não passou despercebida por aqui...ela continua existindo nos meus gestos, na forma como acolho as pessoas, no jeito todo complexo de dizer "eu amo você"... evohé Dona Lula

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

a praça é do povo como o céu é do condor

sexata feira dia 18 ou 19 não lembro, o pessoal resolveu organizar na praça da unicentro uma evento que tinha como objetivo tirar o povo do marasmo intelectual e exibir uma proposta mais artistica para ver se a universidade se sacudia e alguma alma do bem desgarrada visse que não estava sozinha neste mundo de meu deus...
cheguei ja era meia noite  pois estva dando aula e fui recebido com um "bonita pra caramba" da Anaxilê...o pessoal tava de boa curtindo um som e quase de tudo já havia rolado...fui pra minha csa me arrumar e encontrei a bacante mor Marisa Ultis preparando sua vestimenta buthônica para arrasar...Aurinha na assistencia, tivemos a ideia de nos apresentarmos juntos...
dia desses li em alguma parte que  a vida é uma constante encenação e quando nós atores estamos em cena é como se naquele momento fossemos nós mesmos...sem máscaras, ritualizando nossos temores mais intimos, compartilhando nosso verdadeiro ser com o espectador...que de certa forma se ve refletido naquela experiencia mágica...foi o que aconteceu!
de um lado eu com minhas dores artaudianas, de outro Marisa e seu corpo desponivel inventando formas e personificando o oriente mais ocidental que eu conheço...a nossa frente (e a nossa volta) a paisagem sonora criada pelos espectadores-atuantes e acima a lua cheia...plena em seu devir, magnífica em iluminar nosso palco-real...
é assim que acontesse o rito...é assim que a vida se faz...evohé

pouco milho pra muito bico/muita caca pra pouco pinico

tenho tido algumas atitudes estranhas ultimamente que não sei se é da idade ou se de repente fiquei possuido por algum espirito mais tolerante...não sei...o fato é que dia desses me peguei em um dilema que a muitos não rolava comigo mais...bem..."senta que lá vem a história"...
estava eu assistindo a novela TiTiTi e começei a pensar como seria minha vida quando essa novela acabasse...!!!!!!isso mesmo...de uma hora para outra vi que estava tomado pelos personagens daquele folhetim e os elevando ao status de icones...sem duvida a Jaqueline e a beatrice m já fazem parte da minha iconegrafia...para uma pessoa como eu que perdeu todas as novelas dos anos 2000 essa conclusão é alarmante...rsrs
a ultima novela que eu assisti assim com todo esse gás foi Salsa e merengue do miguel falabela...a mileanos atrás...perdi o tesão nas novelas...sempre com seus enredos previziveis, trilha sonora de dar nojo, proto-estralas de segunda que fizeram o mesmo camninho pela fama: um cursinho de tv, um personagem na malhação, um romance com alguem mais famosinho, um bafo em uma danceteria, uma declaração ensaiada que causasse polemica, um ensaio numa revista femenina-masculina-ou animal...enfim...todos os subterfugios para alcançar o sonho mais cobiçado: "protagonizar uma novela da oito"...ops...falha tecnica...não se pode mais falar novela das oito pois alem de denunciar sua idade ainda vc corre o risco de ser olhada de canto como se fosse um lunatico qualquer...a anos as novelas das oito são das nove...
talvez por influencia da nanda hack eu voltei...mas vou avizando...não vim para ficar...pois aqui não é o meu lugar...enquanto isso espero os ultimos capitulos dessa novela que me faz rir...e as fezes só eu rio mas tudo bem..rsrs...maria adelaide amaral acertou de novo com esse texto inteligente e sutil...por mais que as vezes algiuns casais me daão sono...mas nem tudo é perfeito!!!
mas assim mesmo estou lendo grotowiski nos intervalos para não me corromper de todoe a pergunta rola...:"será que marcio ramos vai acabar em alguma sala de bate bapo descutindo o fim de marcela e gustavo?será que assistireia aproxima novela das sete?haverá algo que faça marcio ler contigo!?...aguardem os proximos capitulos...rs
evohé maria adelaide amaral