segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

OH DIA! OH CÉUS! OH AZAR!


Parece que chega um dia em que tudo resolve desmoronar ao mesmo tempo! Aquela coisa de dia de fúria que o cinema já falou é uma realidade incontestável! Não é pessimismo mas quando tudo esta em uma calmaria é melhor ficar de sobreaviso pois essa calmaria é um preludio para os dia de catástrofe! Ficamos abestalhados com nossa felicidade inusitada e não vemos a tragédia anunciada que esta pra se abater!
É como se a fosse a confirmação de que a  felicidade tem fim sim, que a tristeza teima sempre em reinar em suas formas mais permanentes e reais. Um dia em uma conversa eu falei que se esse universo é uma escola aqui na Terra seria nosso laboratório de erros, onde aprenderíamos as lições universais através de muito murro em ponta de faca, muita lagrima derramada no travesseiro, muita dor na cabeça pesada! É minha gente, o erro e nosso melhor  instrutor!
Erramos sem querer, erramos querendo, erramos pelos outros, erramos por nós mesmo, erramos por amar de mais, erramos por amar de menos, erramos por acreditar, erramos por sermos céticos, erramos rindo, erramos chorando, erramos com prazer, erramos com o peito sangrando, erramos pelo abstrato, erramos pelo concreto, erramos para dizer que erramos, erramos para chamar a atenção, erramos para passarmos despercebidos, erramos em doses homeopáticas, erramos em doses cavalares, erramos por ser, erramos por não ser, erramos por errar uma vez, erramos por persistirmos no erro...
Mas se falando de aprendizagem, se aprendemos com o erro, então essa dor no peito aberto daqui a pouco vai ser só uma lembrança de dias ruins em que achávamos que aquele sangue ia jorrar para sempre! Pois é gostoso olhar para traz e perceber que é possível rir daquela dor, agora domesticada. O problema é aquele momento onde esse riso ainda não é possível, àquela hora em que o mundo pareceu desabar sobre nossas costas, e pensar na garantia do futuro dói, pois o fato de não termos controle sobre a rapidez das horas me parece de crueldade extrema! Pobre de nós seres humanos que nos importamos com a felicidade e a buscamos sempre onde ela não está! Talvez ela possa estrar no cerne daquele errinho bobo que se misturou a todos os outros erros bobos e que agora formam uma dor só! Ou talvez ela esteja na certeza de que nada dura para sempre, tudo tem o seu prazo de validade, seja o riso, seja a lagrima!
Confesso que se for verdade isso que falei, estou definitivamente na minha fase de maior aprendizagem, afinal de contas erro, choro, mas também sorrio com a possibilidade de no futuro olhar pra traz e ver que aquela etapa já conclui e se estou voando livre pelo céu é por que já rastejei muito no chão. Errando e aprendendo. Mas também não é de lamentações que vive o bicho homem e acredito que não haveria lamentação maior para mim do que saber que passei pela vida e que minhas rugas e cabelos brancos nada tem haver com as cicatrizes na pele etérea de minha alma lavada... e passada! E se de erro em erro enchemos nosso papo, quero mais é aceitar esse erro como parte de mim e respeitá-lo como um mestre querido, daquele que lembramos com aquela carga de carinho que só o amadurecimento pode nos proporcionar. Evohé seres vivos...

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