Parece
que chega um dia em que tudo resolve desmoronar ao mesmo tempo! Aquela coisa de
dia de fúria que o cinema já falou é uma realidade incontestável! Não é
pessimismo mas quando tudo esta em uma calmaria é melhor ficar de sobreaviso
pois essa calmaria é um preludio para os dia de catástrofe! Ficamos
abestalhados com nossa felicidade inusitada e não vemos a tragédia anunciada
que esta pra se abater!
É
como se a fosse a confirmação de que a felicidade tem fim sim, que a tristeza teima
sempre em reinar em suas formas mais permanentes e reais. Um dia em uma
conversa eu falei que se esse universo é uma escola aqui na Terra seria nosso
laboratório de erros, onde aprenderíamos as lições universais através de muito
murro em ponta de faca, muita lagrima derramada no travesseiro, muita dor na
cabeça pesada! É minha gente, o erro e nosso melhor instrutor!
Erramos
sem querer, erramos querendo, erramos pelos outros, erramos por nós mesmo,
erramos por amar de mais, erramos por amar de menos, erramos por acreditar,
erramos por sermos céticos, erramos rindo, erramos chorando, erramos com
prazer, erramos com o peito sangrando, erramos pelo abstrato, erramos pelo
concreto, erramos para dizer que erramos, erramos para chamar a atenção,
erramos para passarmos despercebidos, erramos em doses homeopáticas, erramos em
doses cavalares, erramos por ser, erramos por não ser, erramos por errar uma
vez, erramos por persistirmos no erro...
Mas se
falando de aprendizagem, se aprendemos com o erro, então essa dor no peito
aberto daqui a pouco vai ser só uma lembrança de dias ruins em que achávamos
que aquele sangue ia jorrar para sempre! Pois é gostoso olhar para traz e
perceber que é possível rir daquela dor, agora domesticada. O problema é aquele
momento onde esse riso ainda não é possível, àquela hora em que o mundo pareceu
desabar sobre nossas costas, e pensar na garantia do futuro dói, pois o fato de
não termos controle sobre a rapidez das horas me parece de crueldade extrema!
Pobre de nós seres humanos que nos importamos com a felicidade e a buscamos sempre
onde ela não está! Talvez ela possa estrar no cerne daquele errinho bobo que se
misturou a todos os outros erros bobos e que agora formam uma dor só! Ou talvez
ela esteja na certeza de que nada dura para sempre, tudo tem o seu prazo de
validade, seja o riso, seja a lagrima!
Confesso
que se for verdade isso que falei, estou definitivamente na minha fase de maior
aprendizagem, afinal de contas erro, choro, mas também sorrio com a
possibilidade de no futuro olhar pra traz e ver que aquela etapa já conclui e
se estou voando livre pelo céu é por que já rastejei muito no chão. Errando e aprendendo.
Mas também não é de lamentações que vive o bicho homem e acredito que não
haveria lamentação maior para mim do que saber que passei pela vida e que
minhas rugas e cabelos brancos nada tem haver com as cicatrizes na pele etérea
de minha alma lavada... e passada! E se de erro em erro enchemos nosso papo,
quero mais é aceitar esse erro como parte de mim e respeitá-lo como um mestre
querido, daquele que lembramos com aquela carga de carinho que só o
amadurecimento pode nos proporcionar. Evohé seres vivos...
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